Anastácia, A Mulher Sem Destino (28 de junho a 16 de dezembro de 1967)

Com 125 capítulos, Anastácia, a mulher sem destino foi a terceira novela das oito exibida pela TV Globo entre 28 de junho e 16 de dezembro de 1967. Baseada no folhetim francês A Toutinegra do Moinho, foi escrita por Emiliano Queiroz (substituído por Janete Clair), com supervisão de texto de Glória Magadan, e dirigida por Henrique Martins.

Sinopse

Baseada no folhetim francês A Toutinegra do Moinho, de Émile de Richebourg, a trama é ambienta na Rússia, após o fim do czarismo.

Anastácia (Leila Diniz) é uma moça pobre, filha de uma paixão proibida, que não conhece seu pai. Abandonada na floresta, ela é encontrada pelo velho lenhador Pierre (Ênio Santos), que a cria com ajuda de uma conhecida, Gaby (Miriam Pires). Já crescida, Anastácia descobre ser filha caçula de Nicolau II, o último czar russo. Com o avanço do processo revolucionário em seu país, Anastácia busca refúgio nas Antilhas, numa ilha vulcânica, escondendo sua identidade verdadeira.

Um terremoto na ilha, resultou na morte de 100 personagens. Entre os poucos que ficaram, estavam os quatro personagens principais: Ênio Santos, Leila Diniz, Miriam Pires e Henrique Martins. Com os sobreviventes, a trama deu um salto de 20 anos e Janete Clair iniciou um melodrama de capa e espada em que Leila Diniz se alternava em dois papéis, o de Anastácia – sua personagem original – e a filha dela.

Elenco

Leila Diniz
Henrique Martins
Ênio Santos
Mirian Pires
Aracy Cardoso
Emiliano Queiroz
Neuza Amaral
Hugo Santana
Cláudio Cavalcanti
Dary Reis
Edson França
Paulo Gonçalves
Giberto Martinho
Fernando Reski
Fábio Sabag
Henriette Morineau
José Augusato Branco
Lourdes Mayer
Suely Franco
Yolanda Cardoso
Hugo Carvana
Luiz Carlos Braga
Luiz Orioni
Marieta Severo
Paulo Padilha

Curiosidades

A cadência da trama e o entendimento do público foram prejudicados pelo excesso de personagens criados por Emiliano Queiroz. Em função dos baixos índices de audiência, Glória Magadan – responsável pelo núcleo de dramaturgia da TV Globo – chamou Janete Clair para dar um desfecho à história. Com sua experiência em novelas escritas para a Rádio Nacional e a TV Tupi

A novela não foi um sucesso de audiência, mas a saída bem sucedida encontrada por Janete Clair para a confusa trama garantiu a permanência da autora na TV Globo, de onde nunca mais sairia.

Régis Cardoso, que fazia a direção de imagem da novela, se firmaria como um dos principais diretores da TV Globo, estando à frente de sucessos como O Bem-Amado (1973).

Hugo Carvana estréia na TV Globo fazendo uma pequena ponta em Anastácia, a Mulher sem Destino. O seu personagem é inserido na trama na segunda fase da novela, depois do terremoto.